Direito ao Verde

"Portugal pediu para emitir 35,9 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono até 2012. Este pedido não foi aceite por Bruxelas, que pede ao país que reduza em 3,1% as licenças de emissão de CO2 previstas para o período entre 2008 e 2012"
Pode-se confrontar a noticia em diversos links.

http://www.rtp.pt/index.php?article=303596&visual=16
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/hb7r4G1Fj9uxmZUDVsMAmg.html
http://www.jornaldenegocios.pt/default.asp?CpContentId=304461

No meio disto tudo surge a posição do Presidente da CIP, Francisco Van Zeller que merece a nossa atenção e reflexão:
«Este corte vai prejudicar as empresas portuguesas e algumas muito grandes vão ter de fechar alguns sectores e o país vai perder indústrias para países que poluem mais, como a China», afirmou hoje à agência Lusa o presidente da CIP, Francisco Van Zeller.
Este responsável adiantou que «não há volta a dar» quanto aos cortes de Bruxelas e que as empresas vão ter de fechar alguns sectores e importar produtos acabados ou quase acabados, que serão produzidos por países com preços baratos como a China.
«Não faz sentido limitar assim a redução das emissões. Em termos globais a União Europeia reduz, mas essa poluição vai ser feita por países como a China ou a Índia [que não têm metas de redução de CO2]. Em termos globais, o mundo não ganha em termos de dióxido de carbono», afirmou o presidente da CIP.

Fonte: http://www.destak.pt/artigos.php?art=4850

O Presidente da CIP tem de defender os interesses daqueles que o elegeram, mas, não podemos censurar por completo a sua posição porque existe aqui uma boa parte de verdade neste discurso. O esforço da União Europeia não está a ser acompanhado por outros estados e a principal razão disso é a inexistência de mecanismos de tutela do ambiente no âmbito do Direito Internacional.